sexta-feira, junho 11, 2010

Enamorado

Nazaré Pereira- SOUVENIRS



Recebi o convite irrecusável dessa guerreira amazônida, amiga, parceira,pra participar do show Souvenirs, juntamente com o Adilson Alcântara que é o show-man paraoara.

Nazaré falando um pouquinho do show:

Nesse show farei uma pequena viagem pelas minhas lembranças. De Xapuri a Belém e de Belém para os palcos de alguns países do mundo, principalmente para o palco do OLYMPIA, na França, onde resido.

Passeando entre as canções, contarei algumas histórias, às vezes engraçadas, às vezes dramáticas, coisas que fui recolhendo nos caminhos da vida e que solidificaram a minha existência, dando-me força e coragem para continuar defendendo nossos valores brasileiros e amazônicos. Na minha bagagem trago o teatro, a música e a dança, partes integrantes de mim, transformados em SOUVENIRS e momentos de muita emoção, que dividirei com vocês.



Nazaré Pereira

terça-feira, junho 01, 2010

A Lucidez de Cacá Carvalho



Navegando no blog do meu parceiro e amigo Ronaldo Franco, deparei com a entrevista desse grande paraense, Cacá Carvalho.


no Diário do Pará > respondendo à pergunta de Dominik Giusti:
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Como você analisa as políticas públicas de cultura do Estado?
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Cacá: Eu acho que não só o Pará, ou Belém, mas talvez uma geração tenha sido penalizada porque a gestão cultural, no sentido de quem detém o poder de gestão, é formada por elementos que não são ativos culturais, porque o ativo cultural precisa gostar de gente e de cultura, e da cultura da gente.
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Normalmente são cargos de natureza política, de gente que gosta de política com a cultura, e não de política cultural.
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É preciso pensar na cultura ativa, que provoca o desenvolvimento do cidadão. A cultura é humanitária, pensa no homem, não no evento político da cultura tão somente.
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Mas esse não é o problema de Belém ou do Pará, de jeito nenhum.Eu não faço política cultural, nem pretendo fazer, mas não vejo os gestores fazendo algo para aquele outro, que na realidade é igual a nós, que não vive, mas dorme sob o calor úmido desse berço em que nascemos, que é essa cidade.
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Ninguém poetiza sobre a cultura.
Não se pode ver a vida apenas pelo lado pragmático e objetivo. A cultura é subjetiva.
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O título do espetáculo que eu trago é altamente significativo. Quando eu falo "O Homem Provisório" é porque acredito que este estado em que vivemos é provisório.
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Uma nova qualidade de homem precisa nascer, e uma nova qualidade de homem depende de cada um de nós.
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É bom que fique claro que não é uma crítica de A ou B que está sentado na cadeira fazendo gestão de secretaria em Belém ou Pará. Digo isso para o Matarazzo em São Paulo. Não é contra isto, é contra o todo.
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Não dá para ser mais no mesmo sistema, nem no voto, nem no comportamento ridículo dessas pessoas que estão no poder.
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Eu e milhões não merecemos ser tratados como gado.
Eu falo em meu nome e em nome de milhões.