segunda-feira, dezembro 29, 2008

50 ANOS

Eu vim aqui prestar contas de poucos acertos e erros sem fim... Casei com a inconstancia e o prazer... Jamais imaginei que fosse tão rápido ou que pelo menos fosse chegar perto, mas no dia 8/11/2008, completei 50 anos. Parece que foi ontem que tudo começou. Tá tudo muito recente em minha memória. Lembro da casa onde nasci na Tamoios entre Tupinambás e Jurunas, que era o nome da Roberto Camelier, dos meus amigos de lá, que conservo até hoje. Lembro da nossa casa da Mundurucús 1446, que o IDEAL comprou e também dos meus amigos de lá, enfim lembro do meu bairro de Batista Campos como se fosse hoje...da minha praça, da igreja de Sto Antonio de Lisboa, do Grupo Escolar José Veríssimo, onde fiz o jardim da infancia, do Sta Maria de Belém, onde fui alfabetizado pela irmã Ana, dos primeiros acordes que aprendi com mamãe aos 7 ou 8 anos, das peladas, das porradas, das primeiras namoradas, das revistinhas Suecas, rsrsr, das revistas em quadrinhos do Carlos Zéfiro, onde todos nos iniciamos, rsrsrsrs, dos campeonatos de time de botão na casa do Brasilino e do meu primeiro festival de música no Deodoro de Mendonça em 1971, aos 12 anos, com minha primeira música, Estou Só, onde conquistei o segundo lugar. Importante saber a banda base do dito festival, João Moleque- Bateria, Tinoko Costa-Órgão, Celival Lobo- baixo e Paulinho-guitarra base, é mole...rsrs.
Depois fomos pra casa da Serzedelo Correa, onde papai esta até hoje. Lá fiz meus 15 anos. Também era uma rua animada, muitos amigos e foi lá que comecei, realmente, a estudar violão. A gente reunia todos os finais de semana no bar do Pedro Barbosa, na Pde Eutíquio e fazíamos seresta até meia noite, mais ou menos. Os coroas que frequentavam o bar adoravam e a gente tomava birita por conta deles. Depois seguiamos a pé, naquele tempo era comum, iamos pra todos os lados da cidade sem problema, a qualquer hora, para a roda de samba do Xavante, no ginásio Serra Freire, onde o Bosco Moisés começou sua história, pra caboquiar, como se dizia na época. Foi lá que vi pela primeira vez, grandes nomes do samba paraense como Creusa Gomes, Garcia, Gogó de Ouro, David Miguel e mais uma pá de gente que não me recordo o nome.
Lia sobre e ouvia muita música brasileira em casa, por influencia da mamãe e do papai, e ainda reuniamos na casa do João Porciúncula, engenheiro agronomo que tinha vindo do Rio de Janeiro com uma coleção de LPs maravilhosa, com toda a rapaziada da rua. E a gente se embriagava de Elizeth, Zimbo Trio, Ciro Monteiro, João Nogueira, Gisa Nogueira, Paulinho da Viola, Cartola, Nélson Cavaquinho, Clementina, Zé Keti, Candeia, João Bosco, Elis Regina, Ivan Lins, Edu Lobo, Chico Buarque, Jacob, Pixinguinha, Valdir Azevedo, Copinha, Altamiro Carrilho, Rum, cerveja, whisky , etc.. e comecei sentir necessidade de aprender um pouco mais de violão.
Meu primeiro professor mesmo foi o Zé Bastos, irmão do Luciano Bastos do Sayonara e tio da minha amiga e parceira Lucinha Bastos. Depois foi o Everaldo Pinheiro, pai da minha amiga-irmã, Andréa Pinheiro, com quem peguei uma boa base de harmonia e leitura de cifra. Era uma turma de jovens interessada em aprender mesmo, que tinha aula com ele e desses alguns se profissionalizaram; Zé Luiz Maneschy, Careca Braga, pra citar alguns. Mas, nosso bairro era repleto de talentos musicais, Albery de Albuquerque Jr, Armando Hesket, Filé, Geraldo Sena, Tito e Zé Arcangelo Coutinho, João Carlos Maneschy, Emílio Carepa, e muitos outros. 50 é um número redondo e alto que mete um pouco de medo e a gente pensa...To ficando velho. VELHO, PORRA NENHUMA. Agora que eu to entedendo melhor umas coisinhas...rsrsrsrs
Citando Cartola, eu fiz o que pude, aos 50 anos insisto na juventude...
Depois eu conto mais..
bjs

terça-feira, dezembro 02, 2008

Onde a Alma se Torna Incolor


Zeca Barreto, Walter Dias, Pery Salgado(produtor) , Tavinho Limma e Pedrinho Cavalléro.
Aconteceu nos dias 21 e 22/11/2008 o X Festival de Violão e Voz de Maricá-RJ. Com mais de 150 inscrições vindas de todo o país, o Pará, que foi representado na pessoa do compositor e cantor Pedrinho Cavalléro, teve participação marcante. Esse festival teve o seguinte resultado;
1º LUGAR- MANIFESTO H2O – Walter Dias – Belo Horizonte (MG)
2º LUGAR- SAUDADE BOA – Tavinho Limma – Ilha Solteira (SP)
3º LUGAR- ONDE A ALMA SE TORNA INCOLOR – Pedrinho Cavalléro e Joãozinho Gomes – Ananindeua (PA)
4º LUGAR- INJÚRIA CEGA – Zeca Barreto – São José do Rio Preto (SP)
5º LUGAR- LONGE – Cris Dalana – Campos dos Goycatazes (RJ)
MELHOR INTÉRPRETE- CRIS DALANA com a música Nó do Tempo
MELHOR VIOLÃO- BETO LEMPÉ com a música Trem do Tempo
MÚSICA MAIS COMUNICATIVA- ORAÇÃO
REVELAÇÃO- GABRIEL ADABO e JOÃO HELLER com a música Canção de Amor
MELHOR PERCUSSÃO- WALTINHO na música Oração

INTÉRPRETE
CRIS DALANA – Campos dos Goycatazes (RJ)

MELHOR VIOLÃO
BETO LEMPÉ - Nilopolis (RJ)