quinta-feira, dezembro 16, 2010

ALBA MARIA... SIMPLESMENTE VITAL



Aquilo que habita o ser, emoldurado por medos, risos, angústias, pesares, olhares e estações: O cantar de Alba Maria é isso. Espontâneo, é um pavio que se acende conforme as emoções. E deste, a premiada intérprete faz seu maior trunfo ao se emergir na grandiosa obra de um dos mais nobres compositores paraenses: Vital Lima.




Em Simplesmente Vital, Alba Maria se reveste de tudo que mora nas canções de Vital Lima: a verdade, a forma com que canta as perdas, a solidão, os amores e as incertezas. Alba Maria não economiza na dose de tornar público tudo aquilo que é essencial para a vida: as emoções.

Vital lima, cantor, violonista e compositor com mais de 20 anos de estrada, parceiro de nomes como Hermínio Bello de Carvalho, reside no Rio de Janeiro e já assinou seu nome entre os notáveis do melhor time da tradicional música brasileira.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

SALVE O SAMBA BRASILEIRO!


Eu e Nélson Cavaquinho no Rio de janeiro em 1981.


Yuri, aos 16 anos, Jairo, Pedrinho, Maneschy em 1979 no Teatro Waldemar Henrique, no show "Feira de Música".

"Eu nasci com o samba,no samba me criei e do danado do samba, eu nunca me separei"! Até hoje, canto por ai, esses versos de Dorival Caymmi, pois ele retrata fielmente, minhas raízes. Meus pais, com certeza, são os responsáveis por isso. Foram eles, cada um a sua maneira, papai desafinado, mas bom percussionista e mamãe afinadíssima, voz aguda, lembrava Dalva de Oliveira com todos aqueles agudos de "AVE MARIA NO MORRO", que me ensinaram e passaram a emoção de ouvir os sambas de Ataulfo, Ismael, Herivelton, Noel, Wilson Batista, Geraldo Pereira, Cartola, Nélson Cavaquinho, depois, já nos anos setenta, convivendo na casa do meu cumpadi Jairo Oscar Monteiro, famoso bicudo,rsrs, irmão do grande Barão do violão, do Zeca, filho do seu Elias e da dona Elza. Ali naquele quintal, vivenciei verdadeiros saraus com toda aquela velha guarda do samba paraense, Ribinha, Hortência, Gogó, Dr. Edyr Proença, Delival Nobre, Concinho, Dantas, Carlos Henry, Aldemir Ferreira da Silva, fundador da Casa do Choro, Dias, seu Zizi Miranda, avô da cantora Andréa Pinheiro, ai fui mais fundo no mundo do samba e encontrei Silas de Oliveira, Mano Décio, Candeia, Paulinho da Viola, João Nogueira, Roberto Ribeiro, Martinho, Dona Ivone, Beth, Clara, Alcione, pra falar dos ícones, e muitos outros. Foi por causa dessa história, desse amor ao samba, que fui convidado a tocar, em 1980, no reduto do samba paraense, o restaurante RENASCI,famoso em todo o Brasil por suas comídas típicas, que ficava lá na José Pio, no telégrafo, bairro de sambistas da pesada, inclusive meu parceiro Jorge Andrade(Mudubi), com quem já amadurecia um trabalho como compositor. Meu samba encabulado se deparou com Muka, Gérson Veloso, Marquinho Melodia, Arnaldo Wanzeler, Admir do cavaco(Boi Tatá), Mestre Gino do Cavaco, Buião, Haroldo Cunha, Luiz e Jango Miranda, e muitos outros que no momento, me fogem da memória, e a coisa foi pegando jeito, tomando forma. Até hoje "Eu canto samba, porque só assim me sinto contente. Eu vou ao samba porque longe dele não posso viver. Com ele tenho de fato, uma velha intimidade, se fico sozinho, ele vem me socorrer"(Paulinho da Viola). SALVE O SAMBA BRASILEIRO!



APOTEOSE AO SAMBA(Silas de Oliveira e Mano Décio)

Samba!
Quando vens aos meus ouvidos
Embriagas meus sentidos
trazes inspiração!
A dolência que possues na estrutura
É uma sedução!
Vai alegrar o coração daquela criatura
Que com certeza, esta sofrendo de paixão!

Samba!
Soprado por muitos ares
Atravessaste os sete mares com evolução
O teu ritmo quente fica ainda mais ardente
Quando vem da alma de nossa gente.

Eu quero que sejas sempre meu amigo leal
Não me abandones,não!
Vejo em ti o lenitivo ideal
De todos os momentos de aflição.
És meu companheiro inseparável de tradição
Devo-lhe toda a gratidão.
Samba , eu confesso,
És a minha alegria
Eu canto pra esquecer a nostalgia.

Vinícius, Saravá! Última semana!



Como tudo que é bom dura pouco, essa terça que vem(7/12)é a última semana do projeto "Vinícius, Saravá!". Já sinto saudades antecipadas.Passamos meses nos nutrindo com pesquisas de músicas, histórias e imagens. Muitas lembranças e emoções revividas através da obra desse grande artista brasileiro. Foram dois meses que tive o prazer de conviver com várias pessoas que foram fundamentais pro sucesso do projeto. Primeiro a turma da Igara Produções e Eventos(Andréa Cavalléro, Nayana Reis, Socorro Cavalléro, Paulo Henrique e Pedro Henrique Cavalléro, Natália Avelar e Eliete Brito, com a qual construimos e amadurecemos toda a concepção do projeto desde a formatação até a captação e produção do espetáculo. A equipe do Bar Teatro Vitrola( Mário Lopes, Marivaldo, Tito...) que foram carinhosíssimos e sempre à postos para que nós estivèssemos o mais a vontade possivel, para que o espetáculo fosse a cada dia mais bonito e bem feito. Intérpretes maravilhosas que a cada terça, desfilavam seu talento junto comigo no palco, embelezando e enriquecendo muito mais o projeto; Márcia Yamada,abrindo e fechando o projeto, Karen Tavares, Aninha Portal, Adriana Cavalcante, Patrícia Rabelo, Alba Maria( 2 vezes por sugestão do público), Andréa Pinheiro e a participação muito especial do pianista Paulo José Campos de Melo. A nossa banda cheia de responsabilidade e talento; Bruno Mendes de bateria, Lenilson Albuquerque nos teclados, Mário Jorge no baixo e por fim Berere de bateria, nos 3 últimos shows. O ator Ricardo Tomaz que declamava os poemas do Vinícius, costurando o espetáculo. A parte técnica de som com Betinho Taynara e Bruno Benitez. O diretor de teatro e cinema e um dos grandes atores da cena paraense, meu amigo Cláudio Barros, por todas as dicas maravilhosas de direção. Ao Governo do Estado através da Lei de incentivo a cultura, SEMEAR, Fundação Tancredo Neves e os patrocinadores, que sem o seu olhar amplo-responsável-social, jamais o projeto aconteceria, Y.YAMADA. Aos blogueiros Ronaldo Franco, Vanja Lima(Sonido) Moka(Belém do Pará), Edgar Augusto(Feira do Som) e a imprensa de um modo geral. Nunca tive tanto prazer em produzir e participar como cantor e violonista de um projeto de tamanha importância, pela própria obra do poeta Vinícius de Moraes e seus parceiros, para a música popular brasileira. Sinceramente, MUITO OBRIGADO!!

sexta-feira, novembro 19, 2010

Vinícius, Saravá! Com Andréa Pinheiro e Paulo José Campos de Melo


Nesta terça, dia 23/11 no Bar Teatro Vitrola as 21h tem Andréa Pinheiro e Paulo José Campos de Melo, como convidados especialíssimos do "Vinícius, Saravá"!IMPERDÍVEL!!!

Pedrinho Cavalléro no URULUAR


Maurício Nery e Pedrinho Cavalléro no MPB BAR.


Hoje, vou ter a honra de participar do fechamento do projeto do departamento de cultura de Augusto Corrêa, o URULUAR que vai acontecer na praça da Municipalidade a partir das 21h. Na companhia luxuosa do percussionista Maurício Nery, vamos dar um passeio nesse repertório que embala os sonhos brasileiros, há décadas.Quem estiver por lá, apareça!

terça-feira, novembro 16, 2010

Hoje é Terça, dia de "Vinícius, Saravá!"


Nãos esqueçam que hoje é terça feira, dia de "Vinícius, Saravá!" no Vitrola a partir das 21h. Na semana passada, o show não aconteceu e foi adiado pra essa terça, por eu ter contraido uma faringite, que graças a Deus, ja passou. O show maravilhoso que esta sendo muito bem aceito por público e crítica, esta semana tem a participação especialíssima da grande intérprete paraense, Patrícia Rabelo.
Esperamos vcs por lá!

IV Festival Internacional do Descobrimento em Porto Seguro- BA



Pelo quarto ano consecutivo, acontece em Porto Seguro-BA, o Festival Internacional do Descobrimento do Brasil, produzido pela Planet Productions, nos dias 13 e 14 de novembro na Orla da belíssima cidade onde nasceu um dos nossos grandes escritores brasileiros vivo, João Ubaldo Ribeiro. Fui convidado pra defender a música do meu amigo Demétrio Mussi, o samba "Receita de uma Nação".´Melodia e letra belíssima que fala sobre a miscigenação, sobre o nascimento do povo brasileiro. Por isso, nossa riqueza cultural na música , culinária, no fazer temperado do brasileiro. Minha participação só foi possível através do apoio da Fundação Tancredo Neves, do meu amigo Tuca Lobo, através da Clínica Lobo e do meu amigo e parceiro, Dudu Neves. Além da honra de ter participado e conhecido essa cidade histórica brasileira, ainda levei o Segundo lugar e o prêmio de Melhor Arranjo.

O resultado final foi esse:

1º Lugar- Cinema Sideral de David Duarte-Interpretado pelo próprio- Fortaleza- CE
2º Lugar- Receita de uma Nação- Demétrio Mussi- Interpretado por Pedrinho Cavalléro- Ananindeua-PA
3º Lugar- Em nome do pregresso de Willian Barro- Interpretado pelo próprio- Parauapebas-PA
Melodia- Cinema Sideral
Arranjo- Receita de uma Nação
Intérprete- David Duarte

quarta-feira, novembro 03, 2010

SEXTA NA AP TOQUINHO E MPB 4


É nesta sexta na AP o tão esperado "Grande Encontro" com Toquinho & MPB 4 e mais 3 artistas da terra na abertura, Patrícia Rabelo & Marcelo Sirotheau em seguida Pedrinho Cavalléro, todos três na companhia luxuosa do percussionista Thiago D'Albuquerque. Vendas na AP, Livraria Saraiva. E pode ser feita também em 2 vezes através do cartão. Informações pelo fone 4141-5724. Uma parceria da Manga Produções e Igara Produções e Eventos. Imperdível.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Vinícius, Saravá!

Essa semana que vem, resolvemos antecipar pra segunda feira(01/11) o show "Vinícius, Saravá!", por causa do feriado na terça. Nossa convidada especial é a ALBA MARIA, que não precisa de apresentação. Grande cantora, intérprete da mais alta qualidade, dessas que canta com a alma. Passou esses últimos 12 anos na europa, encantando platéias das mais exigentes. O Show, como todos sabem está acontecendo no Bar Teatro Vitrola, que fica na Rua dos 48, bem em frente ao shoping Iguatemi, nº42. Esperamos todos por lá.

Edy Colorido foi o Vencedor do QUEMZÃO

Foi nesse sábado a final para a escolha do samba enredo 2011 do nosso querido "QUEM SÃO ELES". O grande vencedor escolhido pelo júri foi o samba do meu amigo Edy Colorido. Samba bonito que a escola toda cantou e foi merecedor do prêmio.
Parabéns ao Edy Colorido.

sábado, outubro 23, 2010

NA FINAL DO QUEM SÃO ELES

Hoje é a final da escolha do samba enredo do QUEM SÃO ELES pro carnaval 2011. Estou tendo a honra de participar no meio das feras do samba, com um samba em parceria com Dudu Neves e Darley Darlen. Sempre tive uma relação sadia com os festivais de música em qualquer esfera. Entendo que eles nasceram pra descobrir novos valores, divulgar a produção musical pra um público que quer ouvir coisas novas e principalmente criar um intercâmbio entre os artistas. Já fiz muita parceria e principalmente muita amizade Brasil a fora. Nós artistas, aliás, nós seres humanos, temos a tendência de ter o ego inflado, a vaidade à flor da pele, quando se trata de nossas próprias criações e não adimitimos que outras pessoas não gostem por esse ou aquele motivo. Comecei compor aos 12 anos e claro que nem sempre acerto nas coisas que faço, mas mesmo essas, me fazem crescer e amadurecer para a próxima criação. Não sei exatamente o que aconteceu, pois não participei da primeira fase do festival, mas por uma desistência, nosso samba que estava em sexto, acabou subindo para quinto e estamos vivendo esse "momento lindo" de estar entre os finalistas. Resolvi então entrar de cabeça nessa história, já que estou com o tempo exíguo por vários projetos estarem acontecendo ao mesmo tempo e resolvemos dar um gás na apresentação. Chamamos Mariza Black, Arthur Bernardes, Andrezinho e Dely do cavaco, a nova geração do samba e misturamos com os já consagrados Pedrão do Gilson e Paulinho Moura do sete cordas, para adornarmos e criarmos as alegorias pra embelezar a apresentação. Ficou bonito! Vamos ver mais tarde. Os sambas finalistas na ordem de apresentação:
1º- Pedrinho Cavalléro, Darley e Dudu Neves
2º- Nelsinho Bittencourt, filho do nosso saudoso Concinho do cavaco
3º- Edy Colorido
4º- Patrick Barbosa
5º- Elenice Ribeiro, filha do nosso querido amigo, bandolinista, compositor, Compadre Adamor Ribeiro.

Eis a letra com harmonia do nosso samba:

Tucuruí, A Energia Que Vem das Águas

( Pedrinho Cavalléro /Darley Darlen e Dudu Neves)




Am A7 Dm

De grená e branco

G7 C

Minha águia homenageia

F7M Dm

Vem das águas energia

Bm7/5- E7 Am E7

Quem são eles nessa aldeia.

A7M A6

Nosso avô velho Mahira

A/C# Cº Bm7 F#7/5+ Bm7

O Índio da criação

E 7/9

Foi o sopro que deu vida

Bm7 E7/9 A7M E7

E criou nossa nação

A7M Bm7 C#m7 Bm7
Gaviões trouxeram o ar

A7M A7 D

O fogo, Parakanã

Dm7 Am7

Asurini veio com terra

Am/G B7/F# E7 Am

Pelas águas de tupã


A7 Dm7

No começo Alcobaça

G7 C

E a mãe terra na motriz

F7M B7

Pôs nas águas energia

E7

Pra virar Tucuruí

A7 Dm7

No começo Alcobaça

G7 C

E a mãe terra na motriz

F7M B7

Pôs nas águas energia

E7

Pra virar Tucuruí

A A7M

E veio gente de longe

A6 A7M A

No trilho desse futuro

F#7/5+ Bm7 F#7/5+

Com o trem no rumo

Bm Bm7M E7

O destino é tão seguro

Bm E7 Aº A7M

No vagão da esperança

C# 7/5- F#7

Tem Brasil de toda cor

C#7/5-

Tem baião de pé de serra

F#7 Bm7

Tem rosário e tem tambor

D7M D#º A/E

Tem Brasil de toda cor

F#7 Bm7

Tem baião de pé de serra

E7 Am

Tem rosário e tem tambor



Am A7 Dm

De grená e branco

G7 C

Minha águia homenageia

F7M Dm

Vem das águas energia

Bm7/5- E7 Am E7

Quem são eles nessa aldeia.


Am A7 Dm

De grená e branco

G7 C

Minha águia homenageia

F7M Dm

Vem das águas energia

Bm7/5- E7 Am

Quem são eles nessa aldeia.

domingo, setembro 19, 2010

VIII FESTIVAL DE MÚSICA DA BAHIA. URGENTE!

Uma das novidades que tenho pra contar pra vcs é que fui o único compositor do norte a ser classificado no VIII FESTIVAL DE MÚSICA DA BAHIA que vai acontecer nos dias 23,24 e 25 de setembro em Vitória da Conquista com a música " Ao Coração dos Ateus", em parceria com o amigo Márcio Farias, que é uma das faixas do meu mais novo CD, Pedrinho Cavalléro " Acústico 50 Anos", que está com lançamento previsto para dezembro de 2010. Estou precisando urgente de patrocínio para a passagem. Por favor, empresários, amigos, que poderem dar uma força é só entrar em contato com os celulares 8108-4850/9180-8560.

Essa é a lista dos classificados:

FMB 2010 - LISTA DOS CLASSIFICADOS - Ordem Alfabética



ANA PAULA ALBUQUERQUE Quando o amor se foi Salvador - BA
ARLINDO DA PAIXÃO (MONGOL) Loucos, Loucos e Loucos Rio de Janeiro - RJ
ARMANDO LUIS DOS S. QUEIROZ Malabares Salvador - BA
CAMILA JATOBÁ Fartança Salvador - BA
CREMILDES (KEL LIRA) Canção pelo verde Vitória da Conquista - BA
DIMI ZUNQUÊ Cara de Palco Ribeirão Preto - SP
GILVAN (GIL BARROS) Acre: Gosto de Saudade Vitória da Conquista - BA
IRINÉIA RIBEIRO Ainda brilha a constelação Rio de Janeiro - RJ
ÍTALO LENCKER Chorei num samba São Paulo - SP
JOAQUIM ERNESTO Escola nos varais Fortaleza - CE
JOSÉ ALEXANDRE (ZÉ ALEXANDRE) Signo Possos de Caldas - MG
JOSÉ AMÁRIO (MARINHO SAN) Nascentes, Filhos e Rios Bedlo Horizonte - MG
JOSÉ MENDES (KERETO) Atinar Santo antonio de Jesus - BA
JOSÉ PEDRO (PEDRINHO CAVALÉRO) Ao Coração dos Ateus Ananideua
JOSÉ ROBERTO (ZEBETO CORREIA) O Sal Bedlo Horizonte - MG
JUNIOR ALMEIDA O Som do Amor São João da Boa Vista - RJ
LUISA ATHAYDE MEIRELLES Um Canto Salvador - BA
MARX DE SÁ (OS BARCOS) Essa Coisa Vitória da Conquista - BA
MILTON MORENO (ITO MORENO) Confissão Macaúbas - BA
PAULO MONARCO A Saber o Sabor Cuiabá – MT
PAPALO MONTEIRO Batêias Vitória da Conquista – BA
PATRICIA MOREIRA O Mar João Pessoa - PB
TIBÉRIO GASPAR Batuque no Céu Rio de Janeiro – RJ
VYTÓRIA RUDAN Milhares Rio de Janeiro - RJ

Enfim a volta do VINÍCIUS, SARAVÁ!




Há alguns anos atrás, a saudade apertou e resolvi prestar uma homenagem ao nosso "poetinha", de quem sou fã desde menino, fazendo um show no bar. Sim, um show organizado, com início, meio e fim, telão com imagens que contracenava com o poeta e um ator que pontualmente declamava poemas de Vinícius para a platéia que pasmem, pedia bis dos poemas. Passei 4 meses amadurecendo a idéia com a equipe e findamos por optar por um projeto sério, bem cuidado, aos moldes da dona Andréa Cavalléro,rsrsrs(ela não vai gostar). Passou o tempo, e aproveitando que esse ano o poeta faz 30 anos que partiu dessa pra melhor, planejamos tudo e conseguimos patrocínio da nossa querida parceira Y. Yamada, através do incentivo da Lei Semear, para fazer direito. Chamei um time de músicos impecável para dividirem o palco comigo, Bruno Mendes, bateria e percussão, Mário Jorge de baixo e Lenilson Albuquerque de teclado, e mais o ator Ricardo Tomaz para interpretar os poemas, que desde a primeira versão já estava fazendo. E para produzir, a competente equipe da Igara Produções e Eventos, capitaneada pela minha Andréa Cavalléro, Nayana Reis, Pedro e Paulo Henrique Cavalléro. Agora ta tudo pronto! O projeto vai acontecer todas as terças feiras de outubro e novembro no Bar Teatro VITROLA e para melhorar a idéia inicial, agregamos valores e talentos ao projeto, convidando várias intérpretes para cantarem 3 músicas em cada terça comigo. São elas: Adriana Cavalcante, Karen Tavares, Letícia Seco, Márcia Yamada, Patrícia Rabelo e Sílvia Lobo. Não percam!

I FESTIVAL DA CANÇÃO ANANIN



Amigos
Depois de mais um período de ausência do blog por pura preguiça,rsrs, estou de volta pra colocar os papos em dia. Temos vários projetos em andamento e um deles é o I FESTIVAL DA CANÇÃO ANANIN, que vai acontecer em janeiro de 2011, aqui em Ananindeua, evento este que vai estar incluído na comemoração do aniversário da cidade. É um projeto que já venho pensando há algum tempo e agora se tornou realidade através da lei Semear, Governo do Estado, e como sempre o patrocínio da Y.YAMADA, que é um dos maiores grupos empresariais do norte, ciente de seu papel social junto a comunidade que atua, com o apoio da prefeitura de Ananindeua, através da SECEL. O I FESTIVAL DA CANÇÃO ANANIN, será aberto pra todos os compositores deste país, com todas as suas mais variadas tendências. A idéia é de fazer com que este evento entre de vez para o calendário cultural deste país e da própria cidade trazendo muitos artistas e turistas durante esse período, para que se conheça realmente o que Ananindeua tem em termos culturais e turísticos. Mais tarde falaremos detalhadamente sobre o festival que terá seu próprio blog, onde vão estar disponibilizados, regulamento, ficha de inscrição e todas as informações necessárias.

domingo, agosto 15, 2010

Beto Santos, Com A Boca No Trombone


Pedrinho Cavalléro e Beto Santos no Festival de Limeira(SP) em 2008.


Beto Santos é um dos grandes amigos que fiz nos festivais pelo Brasil. Paulista de Guarulhos, esse jornalista, produtor, ator, cantor e compositor, junta todas as artes no palco para encantar platéias desses brasis. Lendo esse texto dele, acabei assinando em baixo e transcrevendo pra vcs.


VOCÊ SABE O QUE É BOLA?


Trila o apito... Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo... Assim diria um antigo narrador e locutor esportivo de uma certa emissora de rádio Brasileira, líder de audiência no horário do futebol lá naqueles idos das décadas de 60, 70 e 80.

A minha, a sua, a nossa grande seleção de futebol entra em campo e, o sublime momento da enganação se prepara para rolar nos gramados de todo o mundo... Em todos os gramados e campos futebolísticos do nosso Brasil, a enganação sempre entra, é sempre a mesma, sempre se manifesta, mas o povo parece gostar de ser enganado por essa gente. Gente que brinca com nós humildes torcedores.

Futebol no Brasil meus caros leitores, mesmo que muitos de vocês não acreditem, é um incrível, impressionante e eterno execício de enganação... Ninguém é atleta verdadeiramente por dom e também não se obriga a viver intimamente pelo seu dom. Esperam tão somente aquele momento todo especial e inefável de pegar o seu passaporte e se mandar do Brasil para outras terras de enganações futebolísticas mais ousadas onde a grana é mais portentosa. Ninguém pode ser milhonário, vivendo numa terra onde política é meio e forma de se ganhar a vida...

Na verdade, o futebol aqui na terra brazuca é prática da grana... Enquanto isso, o povo gasta com ingressos, uniformes de seu time do coração e outros tantos souvenirs pra completar a enganação.

Não, não, não... Desculpem meus caros... Não era sobre esta bola que eu iria aqui comentar. Falou em bola, a grande maioria dos incautos ou quem sabe boa parte do povo brasileiro, logo pensa no seu timinho do coração. Pensa num domingão de tarde, um estádio de futebol lotado, tomado de algumas gentes e um tanto de vândalos indomáveis... Aquelas cenas indecifráveis de ovações, ululações, gritarias, conflitos, patifarias e parafernálias gritantes, que por muitas e tantas vezes se transformam e culminam em quebra quebra e show de pancadarias, dependendo do resultado da partida.

Por muitas vezes, trens, ônibus, metrôs e outros patrimônios públicos são destruídos em nome da arte de torcer. Tudo isso para manter em efervescência o nobre título de Pátria de chuteiras ou País do futebol. E ainda somos obrigados a ouvir os nossos meninos do mundo do futebol dizendo que colocam o coração na ponta da chuteira... Há, há, há... Quem tem e põe o coração é o tal trabalhador Zé Mané, que acorda cedo e brinca ainda de comprar ingressos e ser um fiel torcedor dessa raça. Oh! Tenham dó, por favor...


Mas volto então a frisar, como eu estava dizendo, apaguem tudo, não é sobre Jabulani, nem sobre as bolas que rolam nos gramados de nossos mal intencionados campeonatos armadinhos, pra gringo ver. Quero novamente perguntar a todos vocês: Vocês sabem o que é bola? Vocês sabem o que é PAGAR bola? Quantos de vocês conhecem a bola?

Pois bem, bola é uma espécie de jabá... Não existe para o campo da música o famoso JABACULÊ, que de forma contrátil, se transformou em “jabá”? Aquele mesmo malfadado e hediondo jabá, que se costumam cobrar nas emissoras de rádio. Jabá que se oportuniza para poder tocar as nossas musiquinhas. E, como também podem ver, existem os pagamentos de “bolas” em outros tantos seguimentos da vida social. Vocês sabiam disso? Vocês tem conhecimento da prática da bola? Uma certa bola que não rebola e nem rola em gramados? É desta bola que vos falo. A bola que rola com cheiro de corrupção.


Resolvi escrever sobre a bola, mais especificamente o pagamento de bolas, porque encontrei em num evento recentemente, um músico e amigo das antigas, que pra poder tocar num show de Casa de Cultura, teve que pagar bola pro produtor da casa.

Alguns meses atrás, também fiquei muito feliz por encontrar uma amiga, super talentosa, estudiosa das artes, que saiu e desistiu da área artística pelo inconformismo e se formou numa faculdade de Administração Hospitalar. Pior de tudo, que ela também me relatou sobre essa questão de pagamento de bola por alguns profissionais da área médica. Uma área que nem imaginei que pudesse ocorrer. Como podem ver se correr o bicho pega e se ficar o bicho come...

Ela me disse e relatou, que muitas vezes, um médico pra conseguir atender e entrar para o rol do convênio da empresa tal, tem que pagar bola. Não acreditei quando ouvi aquilo. Mas depois, ela me passando a coisa mais detalhadamente, descobri que é impossível um médico não aderir a bola, se não quiser trabalhar a ganhar mais... Ou você é apenas um profissional médico que atende convênios medíocres e sem prestígio, ou paga bola pra poder entrar no time das grandes empresas de convênios médicos. Absurdo...


Lembro-me também, acerca de muitos anos atrás, por volta do início dos anos oitenta, sobre um escândalo ocorrido na Secretaria de Estado da Cultura envolvendo o nome de um grande secretário. Inclusive o dito cujo, salafrário, picareta e esfarabuto foi exonerado naquela oportunidade... Ou sei lá se o delinquente cultural pediu demissão, nem me lembro mais...

Segundo consta, ele contratou um artista por um cachet XIS e o dito cujo produtor do artista passou uma Nota Fiscal de valor IPSILON, superfaturado, como pagamento de bola. Foi a primeira vez que ouvi falar do pagamento de bola na áre da cultura. Mas cultura que se prese, não consegue sobreviver sem rolar uma bola aqui, uma outra bola ali e outras tantas bolas acolá. E, se cutucarmos a onça com uma vara meio que curta, descobriremos que tem muita areia no caldo e nesse angu de caroço. Que país é esse?


Também de forma ultrajante, lembro-me de um amigo, que pra conseguir tocar em um determinado espaço cultural da Zona Leste, teve que dar para um dos programadores da Casa de Cultura, algumas cartelas de passes de ônibus. Vocês se lembram dos passes que eram usados em ônibus, antes de existir catraca eletrônica? Pois bem, o meu amigo músico se deu ao desplante de pagar como bola pra poder atuar como artista, algumas cartelas de passes de ônibus. É o fim da picada. Tem gente que aceita ser comprado por poucas míseras moedas. O importante é que se tenha algo pra dar. E, em tempos de tantas concorrências, cada um dá o que tem. Alguns dão votos em troca de pão, macarrão e outras coisas que o valham. E, quem dá e oferece para as aves de rapina e miseráveis do poder, empresta e ADEUS...


Assim sendo, hoje, em plena era tecnológica, num mundo moderno, onde o tal Ministério Público com toda a sua força, Promotores Públicos eficientes, a nossa forte PF, a gigantesca OAB, e outras tantas letrinhas juntas e conjugadas que tentam nos convencer de uma falsa moralidade... O que podemos pensar? Pra onde vai o mundo da bola? Pra onde irão os meandros da corrupção passiva no Brasil? Até onde seremos enganados, apequenados e ficaremos à mercê desta bandidagem?

Se eu fosse o Kid Moringueira, eu perguntaria aos nobres e tantos amigos companheiros das artes e da vida cotidiana: Afinal de contas, devemos confiar no poder da polícia ou do bandido? O crime está cada vez mais organizado e nós, cidadãos comuns à merce das bolas e falcatruas. A corrupção começa a fazer parte do processo oficial da nossa vida cotidiana em quase todas as esferas. Isso é grave...

OH! Pátria amada, idolatrada salve-se e salvem-nos...


Beto Santos – compositor e fazedor de músicas

betosantos2006@gmail.com

Cartão Postal da MPB



Mais uma vez a Sonido da minha querida amiga Vanja Lima, acerta uma grande atração para todos nós paraenses nos deleitarmos, no seu projeto Cartão Postal da MPB. Um show maravilhoso e muito bem aceito pela crítica e público de todo Brasil, de dois artistas de raro talento como Vitor Ramil e Marcos Suzano. Desta vez vou fazer a abertura do projeto, juntamente com o percurssionista Bruno Mendes, mostrando um pouco do meu novo CD "Acústico, 50 Anos", que será lançado em outubro de 2010.
O show vai acontecer no Margarida Schivazappa, no dia 20 de agosto às 21h. Esperamos todos vcs por lá.

sexta-feira, agosto 13, 2010

Verão 2010 BAR DOS BOÊMIOS-ARIRAMBA- MOSQUEIRO


Alexandre Souza e Pedrinho Cavalléro, ainda magrinhos,rsrs no show "JUNTOS OUTRA VEZ", no Clube da Esquina em 1990.


Depois de um longo e tenebroso inverno de ausência e de inverno mesmo,rsrsr, encontro-me de volta pra contar as novidades. Adoro o verão e sempre que vejo seu brilho, uma alegria me invade a alma e dá mais vontade de cantar. E lá fui tocar no Bar dos Boêmios no Ariramba, em Mosqueiro. Alexandre Souza, seu proprietário há mais de 10 anos, fã confesso de Chico Buarque e seu seguidor, conseguiu um público fantástico e fiel que em todos os finais de semana de julho ou normais, vão até a ilha lhe escutar, normalmente com participação de Alcides Alexandre na parcussão e João Bererê na bateria. Esse ano tivemos direito a canjas maravilhosas de Maurício Nery, bateria eletrônica, Newton Barreira de bateria, o baixo suingado de Wilson Veloso e as vozes de Conceição Chermont, Maria Luiza e Raimundinho "fez bobagem,rsrsrs, casal de amigos maravilhosos. Então fizemos, mais uma vez, uma parceria. Parceria que começou no salão de drink's do NOVOTEL em setembro de 1982, depois na música e na vida, sou padrinho de sua filha Déborah, nos finais de semana somamos força e talento para alegrar os corações dos veranistas. Apesar das chuvas que assolaram Mosqueiro, por causa do fenômeno La Niña, foi um momento mágico.Quem assistiu vai guardar na memória momentos maravilhosos de alegria e sensibilidade num desfile de canções inesquecíveis da MPB.

sexta-feira, junho 11, 2010

Enamorado

Nazaré Pereira- SOUVENIRS



Recebi o convite irrecusável dessa guerreira amazônida, amiga, parceira,pra participar do show Souvenirs, juntamente com o Adilson Alcântara que é o show-man paraoara.

Nazaré falando um pouquinho do show:

Nesse show farei uma pequena viagem pelas minhas lembranças. De Xapuri a Belém e de Belém para os palcos de alguns países do mundo, principalmente para o palco do OLYMPIA, na França, onde resido.

Passeando entre as canções, contarei algumas histórias, às vezes engraçadas, às vezes dramáticas, coisas que fui recolhendo nos caminhos da vida e que solidificaram a minha existência, dando-me força e coragem para continuar defendendo nossos valores brasileiros e amazônicos. Na minha bagagem trago o teatro, a música e a dança, partes integrantes de mim, transformados em SOUVENIRS e momentos de muita emoção, que dividirei com vocês.



Nazaré Pereira

terça-feira, junho 01, 2010

A Lucidez de Cacá Carvalho



Navegando no blog do meu parceiro e amigo Ronaldo Franco, deparei com a entrevista desse grande paraense, Cacá Carvalho.


no Diário do Pará > respondendo à pergunta de Dominik Giusti:
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Como você analisa as políticas públicas de cultura do Estado?
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Cacá: Eu acho que não só o Pará, ou Belém, mas talvez uma geração tenha sido penalizada porque a gestão cultural, no sentido de quem detém o poder de gestão, é formada por elementos que não são ativos culturais, porque o ativo cultural precisa gostar de gente e de cultura, e da cultura da gente.
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Normalmente são cargos de natureza política, de gente que gosta de política com a cultura, e não de política cultural.
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É preciso pensar na cultura ativa, que provoca o desenvolvimento do cidadão. A cultura é humanitária, pensa no homem, não no evento político da cultura tão somente.
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Mas esse não é o problema de Belém ou do Pará, de jeito nenhum.Eu não faço política cultural, nem pretendo fazer, mas não vejo os gestores fazendo algo para aquele outro, que na realidade é igual a nós, que não vive, mas dorme sob o calor úmido desse berço em que nascemos, que é essa cidade.
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Ninguém poetiza sobre a cultura.
Não se pode ver a vida apenas pelo lado pragmático e objetivo. A cultura é subjetiva.
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O título do espetáculo que eu trago é altamente significativo. Quando eu falo "O Homem Provisório" é porque acredito que este estado em que vivemos é provisório.
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Uma nova qualidade de homem precisa nascer, e uma nova qualidade de homem depende de cada um de nós.
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É bom que fique claro que não é uma crítica de A ou B que está sentado na cadeira fazendo gestão de secretaria em Belém ou Pará. Digo isso para o Matarazzo em São Paulo. Não é contra isto, é contra o todo.
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Não dá para ser mais no mesmo sistema, nem no voto, nem no comportamento ridículo dessas pessoas que estão no poder.
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Eu e milhões não merecemos ser tratados como gado.
Eu falo em meu nome e em nome de milhões.

segunda-feira, maio 03, 2010

Três na Bossa

 


Thiago D'Albuquerque- bateria, Wilson Veloso- Baixo e Pedrinho Cavalléro- violão e voz.
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Esse é o "Três na Bossa" que vai embalar com muita bossa as noites de quarta feira, com o show "BATIDA DIFERENTE", no DONNA NOITE, Boa Ventura da Silva, bem na esquina da D. Romualdo de Seixas.

BATIDA DIFERENTE ESTRÉIA NESSA QUARTA NO DONNA NOITE



Nessa quarta feira, 05/05/10 , estreamos o show BATIDA DIFERENTE no DONNA NOITE a partir das 23:30h, depois do jogo Flamengo X Corínthians. A proposta é de fazer todas as quartas um show que fala sobre esse movimento que fez 50 anos e foi um dos mais importantes e bonitos da música brasileira, a Bossa Nova. Na realidade, foi a partir daí que a música brasileira ficou conhecida no mundo todo, sendo um dos nossos melhores produtos de exportação. O trio formado por Pedrinho Cavalléro de violão e voz, Wilson Veloso de baixo e Thiago de Albuquerque, bateria,Três na Bossa, vai navegar nas canções que marcaram esse movimento. O ambiente aconchegante DONNA NOITE, vem rimar com o bom gosto das canções de Tom, Vinícius, Carlos Lyra, Menescal, Bôscoli, Jonhy Alf, Baden Powell, do nosso paraense Billy Blanco e da turma de compositores locais da melhor qualidade que também navega nesses mares bossanovísticos.
APAREÇAM!!!!!!

Agenda de Maio

sábado, abril 03, 2010

Cláudia Cunha em Belém



Cláudia Cunha, essa paraense de voz clara e cristalina como as águas dos igarapés de Ourém, terra onde nasceu, estará se apresentando no projeto 1/4 de música do Margarida nesta próxima quarta, dia 07/04. Com direção de Floriano e uma banda de primeira classe é um show imperdível. Eu vou!!!

quarta-feira, março 31, 2010

Valeu, Vavá da matinha!



É com muito pesar que anuncio a morte do grande Oswaldo Oliveira, o Vavá da Matinha. Tive a oportunidade de conhecer o Vavá em 2000, quando estava produzindo o CD “Nosso Cantar Paid’Égua” em comemoração aos 50 anos da Y.Yamada. Esse CD era uma pequena mostra da música paraense em suas várias vertentes da MPB ao Brega. Uma das faixas era um pout-pourri de músicas românticas antológicas, que ficaram na memória dos paraenses. Chamei o Joba que magistralmente interpretou 3 músicas: Sinceramente(Milton Yamada), Poema de Amor( Wilson Fonseca) e Só Castigo( Oswaldo Oliveira). Então fui descobrir que o Vavá estava novamente no Pará, morando em Castanhal. Pronto! Foi uma festa conhecê-lo. Ele era muito engraçado e ouvir suas histórias era de um prazer enorme, pois ele pertenceu ao casting de artistas da Continental, depois da CBS e chegou a desbancar até o rei Roberto Carlos em vendas numa época de sua vida. Ele foi um dos poucos paraenses que teve realmente, sucesso nacional. De lá pra cá encontrei várias vezes com ele e chegamos a trabalhar juntos em algumas oportunidades. O Vavá foi um dos pioneiros do brega paraense e abriu caminho para muitos, inclusive para a banda Calypso, por ser uma pessoa muito bem relacionada no meio.
Valeu Vavá!
Um abraço do seu amigo
Pedrinho Cavalléro



Vavá da Matinha: abre-ales do brega paraense
Ele sempre se auto-intitulou “um paraense autêntico”, desses que amam e exaltam a beleza de sua terra natal, mesmo estando distante dela. Esteve ao lado de grandes nomes da música nacional e, em 1972, chegou a superar o rei Roberto Carlos em vendas de discos, nas regiões Norte e Nordeste. Dada a dica e se você pensou e respondeu Osvaldo Oliveira ou, simplesmente, Vavá da Matinha, está certíssimo. Mas, se nunca ouviu falar desse grande artista, não caia no desânimo. Você vai conhecer, nessas linhas, um dos precursores da música brega paraense e o responsável por abrir o caminho do sucesso para tantos cantores e bandas conhecidas, como a Calypso, por exemplo.

Cantor e compositor, Vavá da Matinha (apelido dado pelo amigo e saudoso radialista Eloy Santos), começou a carreira cantando em programas de auditório da Rádio Clube do Pará, no final da década de 1950. Daí ganhou notoriedade e o Brasil. Era considerado o Jackson do Pandeiro do Pará, só que seus ritmos tinham um balanço diferente de qualquer influência baiana ou carioca. Mais uma prova de sua autenticidade musical, presente em canções cheias de referências às coisas da terra, às crenças, às comidas, ao Ver-o-Peso e ao bairro onde nasceu, a Matinha, hoje bairro de Fátima. “Pará e Bahia”, “A Beleza da Rua” e “O Canto do Galo” são algumas das obras bairristas dele que fizeram grande sucesso. “Gravei pelo menos 64 músicas exaltando o Pará e acho que talvez tenha sido o cantor que mais falou desse Estado em suas canções. Enquanto baianos como Dorival Caymmi exaltam a Bahia, eu exalto o Pará. Morro defendendo o meu Estado”, disse em entrevista há três anos para a TV Cultura. Aliás, um de seus últimos depoimentos gravados, desde que fixou residência em Fortaleza. Vavá da Matinha só voltou a aparecer na imprensa recentemente, devido ao seu estado de saúde debilitado. Vavá começou sua carreira cantando forró, mas foi com o bolero (uma espécie de embrião do brega) que ganhou fama nos anos de 1970. Vendeu muitos discos, foi o primeiro cantor a gravar um merengue com letra (“A Deusa do Mercado São José”) e teve muitas de suas composições gravadas por gente como Jackson do Pandeiro, Bezerra da Silva e o forrozeiro Abdias.

O primeiro registro musical do artista aconteceu em 1960, com a gravação de duas músicas numa coletânea da gravadora Continental. No ano seguinte, gravou um disco “compacto” e o primeiro LP “Eternas lembranças do Norte”, com quatro composições e a maioria das músicas no ritmo do forró. A propósito, o cenário musical da época evidenciava artistas como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro e Vavá fazia parte disso. Ele também esteve na caravana do forró percorrendo o Brasil, juntamente com Marinês, Messias Holanda, Trio Nordestino e outros.

Na sequência, vieram mais três LPs pela gravadora CBS. Mas foi em 1972 que Vavá da Matinha estourou de vez. A música “Só castigo”, do disco de boleros com o mesmo título, fez o cantor ultrapassar em vendas Roberto Carlos, nas regiões Norte e Nordeste. O sucesso foi tamanho que abriu caminho para outros bregueiros que se tornariam verdadeiras estrelas, como o pernambucano Reginaldo Rossi.

A trajetória de Vavá seguiu adiante na década de 1970, com o lançamento de vários discos de bolero, mas começou a estancar e cair no ostracismo a partir dos anos de 1980. O artista se refugiou em Castanhal e depois Fortaleza, vindo a Belém esporadicamente. Atualmente, faz tratamento na capital paraense, onde se recupera de um AVC. Sem empresário e sem recursos, antes de adoecer, Vavá aceitava realizar shows por cachês não dignos para sua grandeza musical.



Vavá por outros artistas

“Vez ou outra um fã tenta trazê-lo à atmosfera. Um CD com músicas dele, coordenado pelo maestro Manoel Cordeiro, um dos fundadores da banda Warilow, foi gravado há alguns anos. Gente da música como Dudu Neves, Almino Henrique e o próprio Quaderna, por volta de 2007, tentaram trazê-lo de volta. Creio que ele seja um dos mais notáveis de nossa música, pois teve grandiosa projeção nacional entre as décadas de 60 e 70. Não lembro de muitos artistas paraenses que tiveram essa caminhada. Posso contar nos dedos: Billy Blanco, Waldemar Henrique, Ary Lobo, Fafá de Belém, Jane Duboc, Banda Calypso, Beto Barbosa, entre poucos. Assim, a importância do Osvaldo é inquestionável. Ele é um grande compositor e um dos referenciais no merengue brasileiro; quem primeiro gravou o estilo, cantando. O Vavá é um cara que tem seu dedo na trajetória de nossa música”.

Allan Carvalho, cantor e compositor do grupo Quaderna
“A forma singela e inocente de compor fez do Vavá um dos ícones desta música mais popular que criteriosamente seria uma crônica urbana e, agregado ao fato de que os primeiros a criarem sempre serão os verdadeiros precursores, este mérito o torna ainda mais autêntico. A obra dele é algo personificado, sem copiar absolutamente ninguém. Temos a certeza do artista presente com a sua criação mais original e mais digna. O que falta para mantermos em evidência nomes importantes para nossa música? O respeito de quem de direito pela cultura, sobretudo do criar, e estabelecer como paradigma a competência e o valor, que pode ser encontrado em obras rebuscadas, perfeitas e também em admiráveis simples canções”.

Alcyr Guimarães, cantor e compositor



Por que se orgulhar?

Vavá da Matinha é um dos precursores da música brega no Pará. No auge de sua carreira, na década de 1970, chegou a superar o rei Roberto Carlos em vendas de discos nas regiões Norte e Nordeste. Compositor apaixonado pela terra natal, gravou pelo menos 64 músicas dedicados ao Estado e teve diversas outras obras gravadas por grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Jackson do Pandeiro e Bezerra da Silva.

Matéria do "Diário do Pará".

HOJE NO COPA 70



A convite do meu amigo Adilson Alcantara, estarei participando hoje a partir das 22h da programação de aniversário do Bar Copa 70, aquele ali da antiga 1º de Dezembro, hoje João Paulo II. Bar tradicionalíssimo de nossa cidade, me sinto honrado pelo convite, pois é a primeira vez que nesses meus 31 anos de carreira, toco nesse palco.Parabéns a todos, proprietários e frequentadores por todos esses anos de existência. O COPA 70 esta ai provando que Belém já não é mais a terra do já teve.
Compareçam!!!

SHOW ENTRE AMIGOS



SHOW ENTRE AMIGOS


A música está sempre presente em nossas vidas seja ela interpretada só pelo canto, ou pelos instrumentos, ou pelos dois numa harmonia perfeita.
Música alegra, relaxa, agita, comove e tantos outros sentimentos.
Música une as pessoas. E é com esse sentimento que Pedrinho Cavalléro, Mário Mouzinho e as equipes da Igara Produções e Eventos e Sonido Produções Artísticas em parceria com músicos, cantores e técnicos atuantes na área musical, se reuniram em um gesto de amizade e solidariedade para cantar e tocar em prol de angariar recursos financeiros para ajudar no restabelecimento de dois colegas: Jorge Eggs e José Sagica, que encontram-se internatos no Hospital Metropolitano de Belém, em virtude de um acidente terrestre ocorrido na estrada de Cachoeira do Piriá, no dia 13 de março, quando retornavam de suas funções artísticas.
Os músicos sofreram fraturas múltiplas: Jorge Eggs sofreu um leve traumatismo craniano e José Sagica, precisa ainda submeter-se a procedimentos cirúrgicos o que os impossibilitam de trabalhar.
Vamos lá!!

sábado, fevereiro 06, 2010

Clube da Bossa no MPB BAR todas as Quartas


Márcia Yamada, Billy Blanco e Pedrinho Cavalléro.

Sou apaixonado pela música brasileira. Gosto de tudo, toda diversidade rítimica. O importante é que seja bem feita, sem compromisso com modismos. Compromisso só com a beleza.A Bossa Nova, com certeza é um divisor de águas nessa história. Não que seja melhor ou pior, mas sem dúvida, marcou uma fase de transição que nosso país vivia. João Gilberto, Tom, Vinícius, Baden Powell, Billy Blanco, Dolores Duran, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo Boscoli, Jonhy Alf, João Donato, entre outros, escreveram belíssimas canções com melodia e harmonia sofisticadas que me encantaram e acabaram de certa maneira, influenciando meu trabalho. Fui estudar violão em cima desses exemplos. Intérpretes do nivel de Leny Andrade, Pery Ribeiro,Claudete Soares, Alayde Costa, Silvinha Telles, Nara Leão, Doris Monteiro, eternizaram essas canções que até hoje soam como novas no meu ouvido. Então, queremos relembrar essas canções que marcaram essa fase, todas as quartas, as 21h no CLUB MPB BAR, ali na Municipalidade bem na esquina da Soares Carneiro. Mas, não para por ai. Pensei que uma voz feminina poderia embelezar mais ainda esse momento. Então chamei uma amante da bossa, que não é profissional, mas de um timbre grave, bonito, pra compor comigo e o Murício Nery de percussão, o cenário: Márcia Yamada.

FALA MÁRCIA
A bossa nova foi marcada pelas inúmeras reuniões informais que juntavam amigos, pra tocar, cantar, compor, tomar uma ou umas... As quartas no MPB Bar trazem este clima de volta, Pedrinho Cavalléro convida para o clube da bossa, não necessariamente cantores conhecidos, mas também simplesmente amantes deste ritmo tão brasileiro como eu... Então amigos na quarta-feira dia 10 no MPB Bar Pedrinho Cavalléro e eu Marcia Yamada no Clube da Bossa!
Amantes da Bossa, compareçam!

terça-feira, janeiro 12, 2010

Bembelelém, Viva Belém Paid'égua!


Palacete Bolonha no olhar de Edinaldo Silva.



Hoje nossa morena Belém está no berço. Quase 400 anos e nem parece. Sempre formosa e com o mesmo poder de me emocionar com os detalhes de sua arquitetura, seus casarões, suas praças que marcaram minha infância. Nasci aqui e provavelmente vou morrer aqui. Todas as vezes que viajo e navego por outros mares, vou com a certeza de que volto. E isso me energiza, me nutri de amores, para conviver com minha família e inspirar minhas canções.
Só estou "embatucado" com uma coisinha; Queria saber se Salvador, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e outras cidades, comemoram seus aniversários com artistas de outros estados. Acho que essa comemoração está "pur demais capenga", com monte de artistas de fora, que não tenho nada contra, mas aniversário da nossa cidade tem que ser comemorado por nós, artistas paraenses, que convivemos e aprendemos a amá-la com todas as virtudes e defeitos, e nos embebedamos com sua beleza, paisagens, cultura, com nosso povo. É por isso que a cantamos com nossa alma. Apesar dos pesares,TE AMO! BEMBELELÉM!VIVA BELÉM!

Bom Dia Belém
Edyr Proença/Adalcinda Camarão

Há muito que aqui no meu peito
Murmuram saudades azuis do teu céu
Respingos de ausência me acordam
Luando telhados que a chuva cantou
O que é que tens feito
Que estás tão faceira
Mais jovem que os jovens irmãos que deixei
Mais sábia que toda a ciência da terra
Mais terra, mais dona do amor que te dei

Onde anda meu povo, meu rio, meu peixe
Meu sol, minha rêde, meu tamba-tajá
A sesta o sossego da tarde descalça
O sono suado do amor que se dá
E o orvalho invisível na flôr se embrulhando
Com medo das asas do galo cantando
Um novo dia vai anunciando
Cantando e varando silêncios de lar

Me abraça apertado, que eu venho chegando
Sem sol e sem lua, sem rima e sem mar
Coberta de neve, lavada no pranto
Dos ventos que engolem cidades no ar
Procuro o meu barco de vela azulada
Que foi de panada sumindo sem dó
Procuro a lembrança da infância na grama
Dos campos tranquilos do meu Marajó

Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar
Sem círio da virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a "chuva das duas " que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará!



Trechos da carta de Mário de Andrade a Manuel Bandeira, quando de sua visita à Belém em 1927.

Belém, junho de 1927

Querido Manu,

Estamos numa paradinha pra cortar canarana da margem pros bois de nossos jantares. Amanhã se chega em Manaus e não sei que mais coisas bonitas enxergarei por este mundo de águas. Porém me conquistar mesmo a ponto de ficar doendo de desejo, só Belém me conquistou assim. Meu único ideal de agora em diante é passar uns meses morando no Grande Hotel de Belém. O direito de sentar naquela terrasse em frente das mangueiras tapando o Teatro da Paz, sentar sem mais nada, chupitando um sorvete de cupuaçu, de açaí, você que conhece mundo, conhece coisa melhor do que isso, Manu? Me parece impossível.
Olha que tenho visto bem coisas estupendas. Vi o Rio em todas as horas e lugares, vi a Tijuca e a Stª. Teresa de você, vi a queda da serra pra Santos, vi a tarde de sinos em Ouro Preto e vejo agorinha mesmo a manhã mais linda do Amazonas. Nada disso que lembro com saudades e que me extasia sempre ver, nada desejo rever com uma precisão absoluta fatalizada do meu organismo inteirinho. (...)

\"Quero Belém como se quer um amor. É inconcebível o amor que Belém despertou em mim. E como já falei, sentar de linho branco depois da chuva na terrasse do Grande Hotel e tragar o sorvete, sem vontade, só para agir\"

Festival de Marchinhas

Sinceramente, adorei o festival que acabou mexendo com toda a comunidade de artistas e amantes dos velhos carnavais. Por motivos profissionais, só consegui assistir parte da final, que aconteceu no sábado no teatro Margarida Schivasappa, mas me emocionei com o que vi. A beleza das marchinhas, o cuidado e o respeito com que a bandinha executava as músicas, e a galera emboída do espírito carnavalesco, fantasiados, produzidos, que culminava no palco numa explosão de alegria. Poucas vezes acertei o resultado dos festivais, dos quais participo desde garoto, mas achei justíssimo o resultado do grande vencedor. Uma marcha rancho, lindíssima e muito bem interpretada, executada e arranjada pelo Cizinho, de autoria de sua esposa Deyse Puget. Ficamos, eu e o Cézar Escócio com um honroso 2ºlugar com a nossa bem humorada, " Se Colou Colares". Parabéns aos vencedores e parabéns ao Elói Iglesias pela idéia e execução do projeto pela Celeste e Rômulo. Agora, ouçam as opiniões e amadureçam as idéias pra que os próximos sejam mais bacanas ainda!Que venham outros!

quarta-feira, janeiro 06, 2010

"A Mesma Máscara Negra"



Alô Galera!
O Festival de Marchinhas carnavalescas vai começar nos dias 7,8/01 eliminatórias e a final dia 9/01 no Margarida Schivasappa sempre as 20h. Tô concorrendo com duas: "Se Colou, Colares" em parceria com César Escócio que será interpretada pelo Tadeu Pantoja e "Ninguém Sabia de Nada" em parceria com Abdias Pinheiro, interpretada pela cantora Lívia Rodrigues. Apareçam!